Trip pra Morro de São Paulo – BA

Em maio/2017, a convite da Visual Turismo e do Patachocas Resort, tive a oportunidade de conhecer um dos destinos mais bacanas do Brasil, Morro de São Paulo – Bahia. Fomos em um grupo de 12 pessoas e foi muito bom!

Morro de São Paulo fica localizado na Ilha de Tinharé, município de Cairú, segundo mais antigo do Brasil, e é divido em 4 praias, que recebem os nomes de Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Praia, sendo as duas primeiras com 315 e 380 metros aproximadamente, a terceira com 800 metros e a quarta se estendendo por 8 km.

Pra chegar foi uma maratona. Saindo de Curitiba, peguei um aéreo para Salvador e lá chegando fiz o transfer no modo semi-terrestre.

Nessa opção, uma van espera no aeroporto e nos leva até o Terminal São Joaquim, onde pegamos o ferry-boat até a ilha de Itaparica e seguimos viagem por 1h30 passando pela ilha inteira e voltando ao continente pela Ponte do Funil. O caminho segue passando em Nazaré, famosa por sua farinha e por ser terra natal do jogador Vampeta, e chega no Atracadouro Bom Jardim, em Valença, para pegar a lancha, último transporte para Morro de São Paulo.

Chegamos por volta das 18h30 na ilha, já escuro. Ao chegar lá a maratona ainda não tinha acabado!! Do atracadouro de Morro de São Paulo até ao Patachocas Resort tem mais um bom caminho.

Logo na chegada, você vai entender o por que da palavra “morro” no nome do lugar. Uma subida de tirar o fôlego, carregando malas morro acima para chegar na Igreja Nossa Senhora da Luz e na Praça Aureliano Lima. É quando você descobre que está na vila da Primeira Praia e para pegar o transfer do hotel temos que ir até Segunda Praia, subindo e descendo as vielas quer cortam a vila.

Uma dica preciosa: contrate no atracadouro o serviço de carrinho de mão. Eles cobram entre 10 e 15 reais, dependendo do tamanho da mala, para levar suas bagagens do pier até o local marcado para pegar o transfer. Isso vale também para qualquer pousada ou hotel que você escolha. Como não tem transporte nessa parte da ilha, ou você carrega ou você contrata esse carregadores, que inclusive são organizados em uma associação.

Para quem vai ficar nas primeiras duas praias, termina a saga. Para quem vai se hospedar nos resorts da terceira ou quarta praia, ainda tem mais o transfer em um ônibus que parte da segunda praia e deixa os hóspedes em seus respectivos locais. Como a minha hospedagem era no Patachocas Resort, seguimos em frente nessa maratona até a Rua da Saudade, onde tem o ponto de encontro para esse transfer e deu tudo certo. Pronto, enfim no paraíso!

Na primeira noite jantamos no restaurante do hotel e ficamos por lá, descansando e se preparando para o próximo dia.

No segundo dia passei a manhã no resort aproveitando a piscina e a praia bem na frente. Nessa parte da praia, existe uma barreira de corais que impede as ondas, formando uma grande lagoa, ótimo para relaxar e praticar stand up paddle, umas das opções que o resort oferece.

Para almoçar decidimos ir para a Segunda Praia, considera a mais badalada e com os melhores restaurantes. Lá optamos pelo Santa Villa Restaurante. Eu escolhi e recomendo a sugestão do dia. O prato serve duas pessoas e vem com posta de pescado com acompanhamentos (arroz, feijão, farofa, salada e batata frita). O preço eu achei justo, R$ 72,00. Esse restaurante fica em frente a Pousada Vila das Pedras, bem na “esquina” da rua da Saudade e o caminho para a Primeira Praia.

Após o almoço fomos caminhar e conhecer um pouco mais da Segunda Praia. Vários restaurantes, dos mais diversos gostos, fazem parte desse caminho. Encontrei restaurantes especializados em frutos do mar, restaurante mediterrâneo, restaurantes das pousadas que beiram essa passarela e até hamburgueria gourmet, que foi uma das opções que escolhi no último dia (não aguentava mais peixe). O passeio foi ótimo também para conhecer outras opções de hospedagem e pegar dicas dos passeios e lugares badalados para a noite.

Seguindo a tarde, fomos conhecer o Farol de Morro de São Paulo, um dos cartões postais da ilha. A estradinha é bem íngreme e precisa de um pouco de esforço pra chegar, mas a vista vale muito a pena. Lá do alto, existem duas opções para descer: pela trilha novamente ou pela tirolesa! Eu, claro, optei pela tirolesa. Ela parte de uma altura de 70 metros, e após percorrer  os 340 metros de extensão, termina no mar. Uma aventura só para os corajosos! Eu paguei R$ 50,00 mas na temporada esse valor sobe um pouco mais. A descida é linda, com uma paisagem de perder o fôlego, mas se você deseja filmar com sua action cam, eles só deixam descer se for com o suporte de peito ou de capacete. Infelizmente eu não tinha e não pude descer filmando ou fotografando (e não adianta insistir, eu tentei, tentei muito, muito mesmo!!).

O dia estava escurecendo já, pois lá escurece cedo, mas ainda não estava acabando. Após descer a tirolesa, ainda deu tempo de passear mais um pouco na rua principal da Primeira Praia, vendo mais opções de lojinhas, bares e restaurantes. Nesse caminho parei pra comer no Açaí & Pastel, um dos points da Primeira Praia. O local é simples mas atende muito bem o que o nome sugere. Serve pastéis doces e salgados, mas optei pelo açaí, que custou R$ 15,00 e foi muito bem servido. Saí satisfeito.

A noite chegando e seguindo as dicas que recebemos durante a tarde, fomos para o Sambass Café, um bar/lounge muito gostoso e elegante na Segunda Praia, com mesas e sofás distribuídos na areia, música ao vivo (estilo mpb) e atendimento muito bom. Logo na chegada uma caipirinha por conta da casa e a noite seguiu com drinks, cerveja e boa conversa.

Após o Sambass, seguimos o caminho de deck que passa em toda a Segunda Praia, paramos na barraquinha da Rosiane Drinks para tomar uma caipirinha de cacau com côco,  e chegamos no Espaço Aberto, outro barzinho muito famoso pelo samba e animação, onde terminamos a noite dançando e se divertindo.

Ao se hospedar em hotéis da Quarta Praia, devemos ficar atentos aos horários de transfer. No hotel recebemos a informação com todos os horários previstos, e caso aconteça algo não previsto no último horário, como aconteceu conosco, é preciso se virar. O ônibus do transfer infelizmente quebrou e tivemos que voltar de mototáxi. A corrida custou R$ 25,00, foi uma aventura e tanto, mas chegamos vivos. No fim o hotel reembolsou esse valor.

No outro dia acordamos cedo e fomos para Terceira Praia, ponto de saída para o passeio Volta a Ilha. É o mais requisitado e conhecido passeio e não pode ficar de fora do roteiro durante sua viagem. O passeio é um tour pelas ilhas de Tinharé e Boipeba, dura aproximadamente 8 horas e é realizado em lanchas. Nesse dia, como a maré tava alta, foram programadas 4 paradas.

A primeira parada foi nas piscinas naturais de Garapuá, onde podemos mergulhar com snorkel, que deve ser alugado antes de começar o passeio. Lá também há um bar em alto mar que serve os turistas com bebidas e petiscos.

A segunda parada foi na Boca da Barra, na ilha de Boipeba. Lá tem algumas opções para almoçar, dentre elas o Restaurante Nascente do Sol onde comi lagosta com um mix de frutos do mar. O valor saiu um pouco mais alto do que em Morro de São Paulo. Com bebidas, a conta ficou em R$ 110,00 por pessoa. O local aceita cartão, mas falam que só podem passar débito. Insistindo um pouco você consegue no crédito também.

Por volta das 14h30 o passeio segue pelo Rio do Inferno rumo a Cairu, a sede. Antes de chegar, temos a terceira parada em Canavieira, onde há um criatório natural de ostras. Na Parada das Ostras não deixe de prova-las, sejam cruas ou gratinadas, é uma delícia.

Chegando na cidade de Cairu, é obrigatório pagar a taxa de entrada (R$ 3,00), um guia nos acompanha pelas ruas históricas, contando sobre o surgimento da cidade, considerada a segunda mais antiga do Brasil, contando histórias sobre eiras e beiras, finalizando com uma visita ao Convento de Santo Antônio, de onde podemos ver também a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.

Seguindo o passeio, de Cairu retornamos, ainda pelo Rio do Inferno, até chegar no atracadouro de Morro de São Paulo onde termina o passeio.

Esse passeio você encontra por R$ 100,00 na baixa temporada e R$ 130,00 em alta temporada e feriados. Bom lembrar para levar óculos de sol, protetor solar, boné, câmera fotográfica, um casaco leve para o retorno (pois pode ventar um pouco), dinheiro para as taxas e outras despesas extras. Durante o trajeto da Terceira Praia até a Boca da Barra o lancha pula bastante, pois o caminho é feito em mar aberto. Depois, quando entramos no Rio do Inferno, o caminho se torna super tranquilo.

No fim do passeio voltamos para Segunda Praia para jantar, onde escolhi a Bar Dos Hamburgueria para jantar. Pedi um x-bacon e achei que poderia ser mais suculento. O lanche é gostoso, grande e simples, mas não chega a ser gourmet. Não é ruim, mas com certeza já comi melhores. O valor é em média R$ 25,00.

Fim desse dia e hora de descansar para o dia de ir embora. A viagem foi curta mas a maratona de volta estava na hora de começar.

Para ir embora, acordamos de madrugada e o Patachocas Resort montou um café da manhã especial para o nosso grupo, já que ainda não era hora do café. O hotel também disponibilizou um transfer mais cedo rumo a Segunda Praia. De lá a saga de levar malas até o atracadouro se repetiu e fizemos toda a maratona da vinda no sentido inverso. Foi cansativo mas valeu muito a pena.

No total foram 4 dias de viagem, super corridos, aproveitando apenas dois dias inteiros lá. Muita coisa ficou de fora do roteiro e espero voltar lá para conhecer mais. Não deu tempo de conhecer a Fortaleza Tapirandú; o Restaurante Casarão, super tradicional; a Toca do Morcego, barzinho super famoso pela vista panorâmica do mar e do pôr do sol; o Teatro do Morro, local onde rolam shows e eventos; fazer o Banho de Lama nos paredões de argila da Praia da Gamboa e muito mais.

Enfim, mal voltei e já morro de saudades do Morro! 

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Nota: Viajei e fiquei hospedado no resort a convite da Visual Turismo e Patachocas Beach Resort. As impressões são totalmente pessoais e transparentes, sem qualquer intervenção dos fornecedores no texto.